segunda-feira, 14 de junho de 2010

O ACIDENTE parte I

A história é longa, e pensei muito sobre como iniciá-la, até porque não sei realmente quando foi o início, mas vou tentar. 
Acredito que tudo começou na madrugada do dia 04.08.1996, no clube Ypiranga, dia em que conheci minha futura esposa (e dia também em que eu não tinha planejado sair para dançar no clube, mas não vamos atropelar os fatos), apresentada pela irmã mais velha dela, LOURDECIR, que eu já havia conhecido quatro anos antes. Creio que vou cair em lugar comum quando digo que foi amor à primeira vista, mas sem medo digo que foi exatamente o que aconteceu. Dançamos a madrugada inteira, até acabar o baile, e não nos desgrudamos mais, e como eu não queria ir embora e não vê-la mais acabei me escalando para acompanhar a NINA e suas irmãs, LOURDECIR e NAÍZA. 
Assim, acabei dormindo na mesma casa que elas (em um quarto separado, claro) e ainda fomos a um sítio, onde passei o dia inteiro tentando convencer a NINA a namorar comigo, coisa que quase consegui naquele dia - a propósito, foi um dia maravilhoso - e ao final do dia, finalmente nos despedimos, e eu com aquele gostinho de quero mais. 
Durante a semana acabei conseguindo com a irmã mais velha, LOURDECIR, o endereço de NINA e, claro, fui bater na escola onde ela estudava, Jesus Burlamaque, no Areal da Floresta. Não preciso dizer que ela ficou muito supresa e em um primeiro momento me enganou, dizendo que ia sair no último tempo, quando na realidade ela saiu mais cedo e naquele dia acabei indo para casa triste. O que aconteceu de diferente nesse dia? 
Depois do 'bolo' que levei, fui andando do colégio dela até quase o centro, para pegar o ônibus e retornar para casa. No meio do caminho aconteceu o que chamo de 'primeiro aviso', eu estava atravessando uma rua (no caso a avenida Amazonas) em um ponto que tem mão dupla, e pensava que era mão única, quando algo me fez virar a cabeça e perceber que vinha um carro em minha direção, pronto para me atropelar. Me livrei por pouco. 
No dia seguinte, aconteceu o que chamo de 'segundo aviso'. Teimoso voltei ao colégio da NINA e desta vez fiquei esperando até ela sair (claro, não ia levar outro bolo né). Lá estava ela e de novo ficou surpresa, mas desta vez conversamos muito e consegui convencê-la a me namorar. estava radiante e quando nos despedimos, peguei minha bicicleta (não ia voltar a pé desta vez) e atravessei a BR 364, quando um barulho na roda traseira me chamou a atenção e parei no meio do caminho. No momento em que eu atravessava não passava carro, no entanto, quando retornei a atenção à estrada percebi que vinha um carro em minha direção e tive que me desviar rápido para não ser atingido. Até então tinham sido dois 'avisos', que na época não percebi como tal. 
Naquele tempo estava fazendo faculdade de Letras Inglês e participava do programa de intercâmbio internacional, e por essa razão um aluno espanhol, JORDI, estava hospedado em minha casa. então estava dividindo meu tempo com o colega espanhol e com a perspectiva da nova namorada. Ah, e ainda me preparava para me mudar para um apartamento alugado (começo da vida independente).
O final de semana estava chegando e seria DIA DOS PAIS, então para poder ver a NINA no final de semana combinamos de fazer uma espécie de piquenique na Cachoeira de Santo Antonio, eu, ela e as irmãs. Ainda não sabia, mas meu pai teve o terceiro 'aviso' e a irmã da NINA, a NAÍZA, teve o quarto 'aviso', mas estes só soube depois... (continua)

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