segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Colégio Dom Bosco

Estudar no tradicional Colégio Dom Bosco parece ser (com o perdão da repetição) uma tradição da família. Meu pai Antonio Lino estudou, meu tio Ady Layr estudou, eu estudei, e penso em colocar minha filha Nívea também para estudar lá.
Quando eu estudei no Dom Bosco, meu tio Layr ainda estudava, fazia o terceiro ano do segundo grau e eu estava começando a quinta série, ou seja, totalmente novidade. E novidades tomem por um grande colégio, e, principalmente muuuuuuuuuitas disciplinas novas. Você sai de uma escola onde estuda quatro disciplinas básicas e ao passar para quinta série, passa a estudar mais ou menos sete ou oito a mais. Dificuldade mode on, como dizem hoje em dia. Mas, é claro que me adaptei bem. Cheguei a tirar boas notas. Mas o colégio era realmente algo totalmente novo.
E por aqueles tempos estava começando a abertura para aceitação de meninas na escola que era dirigida por padres, ou seja, havia algumas meninas (se não me engano três, no máximo cinco, na sala). Nesse sentido então, pode-se dizer que eu tive sorte (hehehehehe). Como sempre esbarrei em um pequeno problema (sempre eles). Eu era muito tímido.
Lembro de ter me apaixonado pelo menos umas duas ou três vezes no período em que estudei no Dom Bosco, que foi de 1983 a 1985. E, não, não namorei nenhuma das meninas por quem me apaixonei.
Havia uma em especial que era filha de uma coordenadora. Eu até achava que ela também gostava de mim, pois na hora da fila antes de entrar para as salas de aula a gente ficava se olhando e rindo um para o outro. No entanto, depois das férias do meio de ano, qual não foi minha surpresa quando fiquei sabendo que a coordenadora havia saído e de quebra levado a sua filha junto. Passei o resto do ano arrasado.
E não só isso. Ainda fiquei doente (peguei uma bronquite asmática com princípio de pneumonia – foi sério. Eu quase passei desta para melhor, pensei que não ia melhorar nunca) e quase perdi o ano, se os padres não fossem bonzinhos e me deixassem fazer todas (eu disse todas) as provas do quarto bimestre em um sábado. Bom, foi um trabalho digno dos doze que Hércules completou. Isso para um menino de 13 anos. Passei, ou melhor, fiquei para prova final em apenas uma disciplina, a que eu mais gostava. Matemática. Não quis fazer a prova final, preferi ir para recuperação, pois a gente estudava uma semana e depois fazia a prova.
Assim, terminei o ano que tinha sido bem difícil para mim, no campo amoroso e no campo da saúde.  
Eu gostava muito de algumas coisas que aconteciam no colégio. Uma delas era fazer parte da quadrilha (a dança viu – hehehehe), e no meu primeiro ano, conforme já disse antes não tinha muita menina lá, então o problema foi resolvido importando o produto de um colégio bem pertinho, Instituto Maria Auxiliadora. 
Nem preciso dizer que foi a primeira vez que me apaixonei ali né. Tantas meninas bonitas e eu, bobinho, fui justamente me apaixonar pelo meu par. E cometi tanta besteira, mandando os outros falar para ela de mim, que eu queria namorar com ela que no dia da apresentação na quadra ela preferiu dançar com outro. Mas eu tinha uma amiga, Jussara, e então não fiquei chupando dedo. Consegui dançar (quanto a isso de apaixonar por uma parceira de dança, bom, aconteceu novamente, mas é uma outra história). 
Outra coisa que eu gostava demais eram as missas que aconteciam e sempre havia atividades após. Foi uma época maravilhosa. Aprendi muito. Principalmente sobre o ser humano. Para as festas juninas os padres colocavam todas as salas para trabalhar em equipes de gincanas, e eu, claro, participava ativamente. Eu realmente gostava disso. De ir a lojas pedir objetos para as festas e com isso ganhar o prêmio da gincana. Uma vez eu ganhei. 
Gostava tanto de estudar no colégio Dom Bosco que até mesmo cheguei a pensar em ser padre, mas isso foi antes de descobrir que eu realmente gostava demais de mulher, o que não me ajudaria sendo padre (hehehehe). 
Estudei três anos, aprendi muito e somente saí porque meus pais ficaram de se mudar para Brasília, o que não aconteceu, porém, isso me prejudicou, a bolsa que eu tinha (tá, eu tinha bolsa, pensou que meu pai era rico é? E eu tinha que me aplicar para passar e não perder a bolsa, ótimo incentivo, não acha?) foi transferida para o novíssimo colégio Einstein e não tive opção. Já pelo mês de abril me apresentei ao novo colégio. 
Gente nova, apesar de ter alguns colegas do Dom Bosco que também foram para lá. E estava bem atrasado nos estudos e aos demais colegas. Mas isso não me impediu de passar de ano. Outra história. Fiz amigos no Dom Bosco e ainda hoje trombo com alguns deles. Não tenho medo de dizer que é o colégio que me traz maiores saudades. Ali comecei a aprender a ser gente, estava no início da adolescência. 
Ah, e foi pelo colégio que fiz a primeira comunhão e a crisma. Claro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por nos enviar uma mensagem!