Helena não teve nem
tempo para gritar. Quando percebeu o que estava acontecendo já estava molhada.
Havia caído em um rio subterrâneo com correnteza forte.
A única coisa que a fez
ficar realmente assustada foi que estava muito escuro. Não conseguia ver nada à
sua volta. Com a queda perdera o aparelho celular. E dentro da água seria
impossível fazer o aparelho funcionar.
Tentou se manter o mais
calma possível, e principalmente, tentou se manter boiando, apesar da
correnteza forte e da água fria.
A água corria para
algum lugar, isso era certeza, mas, para aonde? Helena temia que fosse para
algum lugar mais baixo e que não tivesse saída. Pior, poderia ficar em algum
lugar onde não tivesse ar.
Nessa hora pensou em
tudo, em seu pai, seus irmãos, na sua faculdade de enfermagem, mas
principalmente pensou em sua mãe. Não queria morrer assim. Não sem lutar.
E foi nesse momento que
ela pensou que já estivesse morta. Uma luz se aproximava.
- Só falta um anjo
aparecer agora. Bom, espero que seja um anjo. Pensou, entre triste e irônica ao
mesmo tempo.
A água havia diminuído
o fluxo e ela observou que havia uma espécie de corredor, onde apareciam bordas
em ambos os lados do rio subterrâneo, se nadasse com força poderia chegar mais
perto e conseguir sair da água.
Quando estava bem
próxima da margem, ao tocar na rocha, ela sentiu uma mão fria lhe segurar.
O grito foi inevitável.
Como estava pensando em um anjo, é claro que na mesma hora imaginou que
realmente fosse um anjo. Até ver o rosto.
Era Paulo. Com toda a
confusão esquecera-se dele. Agora ele aparecia ali, segurando sua mão, e igual
ela, estava encharcado, mas vivo.
Paulo ajudou Helena a
sair da água e a levou para uma espécie de gruta. Por incrível que pareça, o
local estava iluminado, mas nem Paulo e nem Helena faziam ideia de onde a luz
estava vindo. Parecia ser de todo o lugar, mas de lugar nenhum ao mesmo tempo.
Havia muitas
estalactites e estalagmites na gruta, e observando melhor, Paulo indicou à
Helena que a fonte de luz vinha de uma direção e se espalhava pelas
estalactites, como se refletissem a luz.
O efeito era bonito,
era quase como se estivessem em uma catedral natural.
- Onde acha que estamos
Paulo? Perguntou Helena, preocupada.
- Não faço a mínima
ideia. Só sei que estamos bem fundo debaixo da terra. Durante a queda observei
que o rio trazia para baixo e depois nivelava. Não dá pra ter noção de onde
estamos. Eu estava descansando e
me preparando para fazer uma incursão aqui embaixo quando lhe vi chegando. Aí
fui correndo ajudá-la a sair da água.
- Ainda bem que me viu.
Eu estaria completamente perdida. Ao menos temos um ao outro. Será que tem
saída?
- É o que vamos ver.
Tenho esperanças que sim, mas não podemos é ficar aqui parados esperando ajuda
porque isso não acontecerá. Ninguém viu a gente cair aqui.
- Oh meu Deus. Helena
exclamou e pela primeira vez se sentiu perdida desde a queda. Parou para pensar
na situação e começou a chorar, sendo amparada por Paulo.
- Não se preocupe,
vamos encontrar uma saída. Vamos tentar seguir o rio subterrâneo. Ele vai
desembocar em algum lugar. Não se desespere, OK?
- Está bem. Disse
Helena, se recompondo, enxugando as lágrimas.
Como era noite, ao
menos do lado de fora, na superfície, e como ambos estavam exaustos pela
natação fora de hora, Paulo disse à companheira que achassem um lugar para
dormir e começariam as buscas pela manhã. E ainda teriam que tentar se enxugar.
Dificilmente conseguiriam fazer um fogo ali. Não havia madeira e nem como
acender nada: não tinham isqueiro. O jeito, Paulo pensou, era ficarem de roupa
íntima e dormirem juntos, o calor do corpo se encarregaria de mantê-los
aquecidos durante a madrugada.
Helena a princípio não
gostou da ideia, afinal não eram íntimos, mas aquela situação era atípica e por
fim acabou acatando a sugestão de Paulo.
Tiraram as roupas
molhadas e colocaram em algumas estalagmites para secarem e se aconchegaram em
uma parede próxima, ficando o mais junto que podiam. Como estavam muito
cansados acabaram pegando rápido no sono.
Continua...
Ola Antonio adorando a história. tomara que eles consigam achar uma saída , sorte da Helena que Paulo a ajudou, eu jé estava empolgada pensando que era um anjo, adoro histórias com anjos. Vamos acompanhando por aqui. Sucesso. abraços
ResponderExcluirJoyce
Olá Joyce, obrigado e continue a acompanhar... vão encontrar sim... de uma forma que nunca imaginariam.
Excluirbjs
Nossa, não demora muito para postar o terceiro capítulo em? Quero saber onde essa gruta vai dar, fiquei bem curiosa quanto ao destino dos dois.
ResponderExcluirAdorando sua história.
bjs
Oi simeia, estou postando diariamente no retribuição entre blogs, inclusive já está no terceiro capítulo lá. acho que gostará do destino do casal.
Excluirobrigado pelo carinho.
bjs
Ola tudo bom?
ResponderExcluirpedi o primeiro capitulo...Entao terei que ler para entender a historia,mais uma coisa te digo,ja da para perceber que a leitura e viciante e que a cada capitulo a vontade de ler o seguinte vai ser maior.. rsrsrss
Mais eu acho que essa dormida abraçadinhos para se aquecerem vai render historias kkk
adorei vou ler o primeiro para me atualizar aqui bjsss
Olá Zilandra,
Excluirnão tem problema, pode acompanhar os demais e irá entender como chegaram a esse lugar.
bjs.
Oi, Antonio
ResponderExcluirFicando leegal, hein? Nossa, ainda bem que a Fernanda conseguiu ajuda! ~~ uffaa
Torcendo para que encontrem uma saída!!
Sucesso!
Abraço
Adriano
GeraçãoLeitura.com || http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/
Oi Adriano,
Excluirvão encontrar a saída sim... mas nem imagina como...o Paulo Sérgio e a Helena nunca adivinhariam como iriam conseguir sair.
um abraço.
Amei, vou ler o capitulo um :DDD
ResponderExcluirAcho que já disse, mas vc escreve muito bem.
http://contodeumlivro.blogspot.com.br/
Oi Brubs, obrigado pelo elogio e leia sim, acompanhe que irá gostar... estou preparando uma surpresa.
Excluirbjs
Hhahahaha e eu achando que era o bicho puxando ela para o fundo. kkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirImaginação fértil aqui.
A história esta ótima e tomara que eles achem uuma saída, pois isso de ficarem presos me sufoca e causa desespero rs
Beijos
Fernanda, eles vão encontrar sim uma saída, mas não de forma convencional. aguarde os próximos capítulos hehehe.
Excluirbjs
Como Paulo é fofo!! Gostando muito dessa sua aventura Antonio! Curiosa para saber o que vai acontecer com esses dois!
ResponderExcluirBeijos
Paula, só acompanhar os capítulos, inclusive já foram postados todos. clique em CONTOS DE NAVEGANTES e estão lá os capitulos publicados.
Excluirbjs
Olá Antonio.
ResponderExcluirQue suspense é esse. Fiquei curiosa como vai continuar essa história.
Só não gosto de histórias postadas por capítulos, por que eu fico morrendo de curiosidade pra saber o que vai acontecer no próximo. Cada dia você mostra que é um excelente escritor.
Beijinhos!
http://www.eraumavezolivro.blogspot.com.br/
Oi Suelen, mas esse é o propósito de contos em capítulos, deixar suspense mesmo. e obrigado pelo elogio. continua acompanhando.
Excluirbjs