sábado, 27 de setembro de 2014

Um Mundo em Guerra

2º capítulo

Na Aldeia de Torgo, tudo era feliz, nada faltava. Tinham água, bastante pasto e animais.

Os artesãos trabalhavam para ambos os soberanos das castas, agradando a ambos. Trabalhavam o metal e faziam arte. Muitas das esculturas e pinturas que havia nos palácios eram oriundas de Torgo.
O chefe da aldeia era um senhor de barba grande, e cabelos brancos, tão compridos que quase chegavam ao chão. Era muito sábio e querido por todos. Suliá, este era seu nome. Suliá só se dirigia aos soberanos daquele mundo e era muito respeitado pelas outras aldeias.

Em sua aldeia tudo funcionava como um relógio, mas todos trabalhavam felizes. O que os camponeses faziam eram levados para os palácios e uma parte disso ainda ficava com eles.

O sonho da maioria das crianças era crescer e se tornar soldado de algum dos soberanos. E claro galgar para chegar a quem sabe um capitão da guarda... Ou quem sabe a um general. Não havia guerras, mas existiam os jogos. E todos queriam ser o melhor. Sinal de status.

Em meio a tudo isso havia uma pessoa que vivia feliz, fazendo suas esculturas que eram lindas. Todas as que haviam criado foram levadas pelas duas castas. Siliê era a filha de Suliá.

Era uma moça jovem, no auge de seus quinze anos, idade em que normalmente as moças já estavam procurando rapazes para casar e montar uma família.

Seus cabelos eram tão compridos quanto de seu pai. E era de um castanho ímpar. Todo trabalhado em trança sobre trança. Com uma tiara de osso que fizera, ela prendia os cabelos acima da testa. Seu sorriso conseguia a façanha de iluminar mais que uma fogueira. E seus olhos eram brilhantes. Havia nela uma doçura tão grande que bastava ela dar um sorriso e todo mundo gostava dela. E por esse motivo fazia amizades de forma muito fácil... Evidente que tinha muitos amigos. Todos da aldeia de Torgo a conheciam, e assim como o pai, a respeitavam e reverenciavam.

Mas Siliê era diferente. Ela queria só trabalhar. Era uma moça batalhadora, inteligente e decidida. Não tinha passado pela sua cabeça a ideia de arrumar um jovem para casar. Até porque seu pai era viúvo e estava bem idoso, necessitando de sua ajuda. Mesmo que ele dissesse o contrário.


Até o dia em que ela conhecera dois jovens que estavam passando pela sua aldeia. Dois jovens nobres. Em cavalos brancos e lindos, pararam na aldeia para tomar água, saciar a sede dos cavalos e seguir viagem.

continua...

10 comentários:

  1. Senti cheiro de romance no ar *.*
    É bem complicado essas culturas que a mulher tem que casar por obrigação, e ainda ter que ser alguém da escolha dos pais.
    Beijo

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    1. Oi Neyara, é complicado certas culturas, mas acontece. e sentiu cheiro certinho hehehehe. continue acompanhando...
      bjs

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  2. Tenho que começar a ler esse livro logo, rs.
    http://leit0res.blogspot.com.br/

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  3. Olá Antonio tudo bem ?
    Eu gostei da sua escrita é leve e bem simples, me agrada bastante, porém não entendi muito bem o rumo da história porque eu ainda não li o capitulo 1, assim que ler venho aqui e te falo o que achei sobre a história :)
    Abraços, Carlos.

    http://blogchuvadeletras.blogspot.com.br/

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    1. Olá Carlos, só acompanhar, o primeiro capitulo está disponível na pagina CONTOS DE NAVEGANTES...
      um abraço.

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  4. Eu nunca vou entender certas culturas, mas... fazer o que se a nossa é liberal e tem tantas sujeiras.

    Beijos
    www.amorliterario.com

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    1. Fernanda,
      a cultura de Torgo apenas espelha algumas culturas que realmente existem na humanidade. mas vale lembrar que é uma ficção. E Siliê é livre para tomar a decisão que quiser. apenas ela não é uma jovem como as demais. que talvez romanceiam demais.
      bjs

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  5. Oi Querido!!!!
    Adorei a descrição dela! Que lindo! Achei que tava perdida, que não tinha lido o primeiro cap, depois liguei com a história dos dois amigos! To adorando seus textos!
    Beijos

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    1. Oi Paulinha, fico feliz que esteja gostando. eu só posso agradecer. continua acompanhando.
      bjs.

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