Resenha crítica do filme PIXELS

Resenha crítica do filme PIXELS

Sinopse

A humanidade sempre buscou vida fora da Terra e, em busca de algum contato, enviou imagens e sons variados sobre a cultura terrestre nos mais diversos satélites já lançados no universo. Um dia, um deles foi encontrado. Disposta a conquistar o planeta, a raça alienígena resolveu criar monstros digitais inspirados em videogames clássicos dos anos 1980. Para combatê-los, a única alternativa é chamar especialistas nos jogos: Sam Brenner (Adam Sandler), Eddie Plant (Peter Dinklage), Ludlow Lamonsoff (Josh Gad) e a tenente-coronel Violet Van Patten (Michelle Monaghan).

Trailer

Levanta a mão quem nunca viu um filme de Adam Sandler. É praticamente impossível achar quem não tenha assistido.

Não queira também que um filme dele seja um primor de direção e roteiro. Na maioria das vezes os filmes de Adam Sandler são indicados ao Framboesa de Ouro (equivalente ao Oscar, porém premiando os piores do ano).

Mas eu realmente me divirto vendo os filmes deles... nem todos, é claro. Ainda prefiro as comédias românticas (e me divirto mais ainda vendo como um cara feio como ele consegue as melhores gatas... coisa de dono do filme né). O cara só casou nos filmes com Drew Barrymore, Kate Beckynsale e Jeniffer Aniston. É mole!

Acontece que tem uma coisa muito boa nos filmes dele. São comédias para a família toda. Minha filha gosta, principalmente quando faz dupla com Drew Barrymore. Eu confesso que gostei da maioria. Só para rir mesmo. E ele consegue fazer piada dele mesmo.

O mais novo de sua safra eu assisti no cinema, com minha filha. PIXELS.

PIXELS faz uma homenagem aos anos 80. Aos exagerados anos 80. Aos coloridos anos 80. Mas, sem a menor dúvida, nos cultuados anos 80. Década de muita música boa, de gente boa, colorida, de filmes teens, bobinhos sim, mas que todo mundo viu e vê até hoje.

Os anos 80 também foram especiais por um grande motivo. Os jogos de Arcades, que no Brasil foram chamados de Fliperama. Década de vídeo game como Atari 2600 e Odissey. Vai me dizer que você, que tem a minha idade (43), nunca jogou na vida um Pac-man? Um Donkey Kong (que nos apresentou um certo bigodudo que é famoso até hoje)? River Raid? Asteroid? Galaxy? Space Invaders? E muitos outros?

(Aqui quero abrir um parêntese para deixar a dica de um filme dos anos 80, excelente e que fizeram um remake nos dias atuais: Jogos de Guerra. Recomendo) (e um segundo parêntese: não liguem se tiver muita repetição de anos 80. É para deixar bem claro que essa década foi boa, ao menos para mim e boa parte do mundo tá?kkkkkk)

Sim, naquela época também tinha torneios de jogadores de fliperamas, ou arcades, como queira.

E é essa a premissa do filme. Na primeira parte aparecem nossos heróis adolescentes ainda, em plena ferveção dos prolíficos anos 80, onde os Estados Unidos eram governados pelo ex-ator Ronald Reagan. Em um desses torneios, houve uma gravação e juntamente com muitas outras coisas isso foi lançado ao Espaço Sideral, na esperança de que alguma civilização lá fora pudesse encontrar.

Dias atuais, Sam (Sandler) trabalha instalando TVs, seu melhor amigo Joe (Kevin James) é apenas o Presidente dos Estados Unidos, o garoto prodígio Ludlow (Josh Gad) é um pesquisador de teorias de conspiração e a nêmese de Sam, Eddie (Peter Dinklage), um presidiário.

Em determinado momento logo ficamos sabendo que as transmissões para o Espaço deram certo e uma raça de outro planeta aparentemente achou que os jogos eram um pedido de desafio. O qual, prontamente, foi aceito. E aí a Terra se vê em uma enrascada sem tamanho, sendo invadida aos poucos por... jogos em pixels dos famigerados anos 80(?). Aí a pessoa pode pensar, lá vem clichê. Com razão. Mas o que não é clichê hoje em dia, onde há fartura de ideias repetidas? Quando os soldados não conseguem lutar com os joguinhos, adivinham quem são chamados para defender a terra?

O filme é divertido, junta muita coisa que a comunidade nerd deve ter tido vários infartos do miocárdio em série (eu mesmo fiquei enumerando tudo o que eu conhecia no cinema vendo aqueles joguinhos passando de um para o outro e nem me considero nerd).

Típico filme das sessões da tarde antigas. Mas eu reconheço, é uma delícia ver um filme novamente em que a gente simplesmente só vai para o cinema se divertir. E comer pipoca.

Vale a menção no filme do criador do Pac-man,  Professor Iwatami.

Lembrando também que o filme é dirigido por Chris Columbus, roteirista de vários filmes teens da época (Goonies é um e Gremlins é outro).

E vale também uma aposta. Será que Sam (Adam Sandler) fica com gatinha no final do filme?

Antonio Henrique Fernandes

Capitão deste Navio Errante.