Resenha do livro Magnus
Chase e os Deuses de Asgard. A Espada de Verão. Do autor Rick Riordan.
Sinopse: Magnus Chase não sabia no que
estava se metendo quando resolveu invadir a mansão do tio para tentar descobrir
por que só agora ele o estava procurando, dois anos depois de o menino perder a
mãe e ser obrigado a viver nas ruas. Quando confrontado, tio Randolph começa a
discutir sobre mitologia nórdica e uma arma perdida há muitos e muitos anos –
uma espada que pertenceu ao pai de Magnus. O garoto está certo de que o tio
endoidou de vez, porém, quanto mais ouve Randolph, mais as pelas do quebra-cabeças
parecem se encaixar: histórias sobre Asgard, lobos, seres estranhos e deuses
como Thor e Loki pipocam em sua mente. Magnus de repente se vê no centro de uma
profecia que selará o destino dos nove mundos.
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RESENHA
Rick Riordan está de volta. E com uma nova mitologia. Depois de
passear pela mitologia grega (toda a saga de Percy Jackson e companhia) e
egípcia (dos irmãos Kane), agora é a vez da mitologia nórdica.
Como professor de História, o autor tem know how para contar
essas histórias, que precisam de muitas pesquisas. Só que as histórias que ele
conta tem sempre uma particularidade: envolve adolescentes, e na maioria das
vezes com problemas sociais, principalmente de convivência.
Só fui descobrir recentemente o motivo. Fiquei sabendo que
Rick tem um filho que sofre de dislexia e hiperatividade. E ele foi a
influência para todos esses livros. Achei bem legal isso. Afinal todo escritor
tem uma influência para suas obras.
Neste novo livro, vamos conhecer Magnus Chase (o nome chama a
atenção? Alguém por acaso lembra de Annabeth Chase? Namorada de Percy
Jackson?), adolescente que no dia em que completa 16 anos descobre que está
sendo perseguido para morrer.
Não deve ser legal você fazer aniversário e descobrir que
está marcado para a morte, principalmente por seres que deveriam ser mitologia
pura.
Tio Randolph nunca foi um exemplo de parente amoroso, pelo
contrário. A mãe de Magnus sempre fez questão de ficar o mais distante possível
de seu irmão. No entanto, justamente agora que fez aniversário, o seu tio
resolve ficar mais próximo. O que um garoto faz quando sabe que é filho de um
deus? Não acredita, é claro. E aí começa a confusão. Tio Randolph o leva para
uma ponte, onde ele resgata uma espada antiga e tem seu primeiro contato com os
mitos que seu tio falou.
A partir daí a sua vida vira um caos.
Há uma lenda nórdica que fala que os melhores guerreiros são
resgatados por valquírias, em seus últimos momentos e levados para o Valhala,
onde ficarão esperando o dia do juízo final, o Ragnarok.
Bom, Magnus vai parar no Valhala.
Toma conhecimento de uma profecia que o envolve e a espada que
resgatou. Faz novos amigos e literalmente parte para a guerra.
O que eu gosto dos livros do Rick são os personagens
secundários. São ótimos, e aqui não fica diferente. Quando não sabia que era
filho de um deus, e vivia nas ruas, seus melhores amigos eram Hearth e Blitz,
que sempre estiveram juntos a Magnus e o protegiam de tudo e de todos. E ele
ainda consegue fazer novos amigos no Valhala, amigos dispostos a sacrificar a
sua imortalidade para ajudar Magnus a ir contra a profecia.
O livro é bom, tem um ritmo puro de aventura que sempre te
pega, mas aqui também vai uma crítica. É sempre mais do mesmo. Não sei se isso
é bom, ou ruim, depende muito de quem lê, e o autor, é claro, tem muitos fãs. As
três mitologias são contadas praticamente do mesmo jeito, adolescentes que
precisam salvar o mundo. Populações inteiras que não sabem da existência desses
deuses. Profecias. E deuses completamente blasé em relação a tudo que o cerca,
a não ser quando estão diretamente interessados.
É a forma de Rick Riordan contar as mitologias e até gosto. Porque
de certa forma mostra o outro lado do espelho. Não de como nós, seres humanos
vemos os seres mitológicos, mas como eles nos veem.
Enfim, é um livro para divertir e fantasiar.
Antonio Henrique
Fernandes
Autor e Capitão deste Navio errante.
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