Resenha do livro Bom
dia, Sr. Mandela
A África do Sul viveu período muito conturbado com a Política
do Apartheid, política de segregação racial onde a minoria branca era quem
mandava em um país ne maioria negra. Por décadas os negros foram suprimidos de
seus direitos básicos, apenas por serem negros.
Em 1964, um dos líderes do MK, a chamada Ala Militar do CNA
(Congresso Nacional Africano), foi julgado e condenado. Seu nome: Nelson
Mandela.
Oito anos depois nascia Zelda la Grange, a pessoa que seria
sua secretária particular, uma das mais leais e devotadas.
Diferente de muitos livros biográficos, este não conta a
história de Nelson Mandela, desde que ele nasceu até sua morte, mas o que ele
significou na vida de Zelda La Grande e, por conseguinte, ela para Nelson
Mandela, a quem chamava de Madiba ou, simplesmente, Khulu (avô).
A autora narra como ela era ainda no Regime Apartheid, os
poucos contatos que tinha com pessoas negras, quando começou a trabalhar como
secretária para o Governo.
Em 1990 Nelson Mandela e alguns de seus companheiros foram
libertos da prisão e com isso vinha também o fim do Apartheid. Quatro anos
depois houve a primeira eleição democrática, quando Nelson Mandela foi eleito
Presidente da África do Sul.
Foi nesse período que Zelda fez um concurso interno para
datilógrafa e foi trabalhar no Gabinete do Presidente.
A partir daí a vida de ambos começaram a mudar.
Enquanto ele foi vivo ela esteve sempre do seu lado para
auxiliá-lo e que ele conseguisse tudo o que queria.
Livros nesse sentido costumam ser bem problemáticos, porque é
uma visão particular de toda uma situação. Não é uma narração impessoal, ou
pelo menos tenta ser, mas vale lembrar que é a biografia de alguém que viveu
por um longo período com um estadista do naipe de Nelson Mandela. Inclusive,
Zelda teve vários embates com a família de Madiba, justamente por sua grande
proximidade.
De qualquer forma é uma leitura que eu recomendo, porque tem
muita história boa a ser contada, de um período que conhecemos apenas
superficialmente, não só a oficial, mas, principalmente a parte que envolve o
ser humano Nelson Mandela.
Antonio Henrique
Fernandes
Capitão deste Navio Errante
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