terça-feira, 2 de maio de 2017

A Garota no Trem - Paula Hawkins

Resenha do Livro A Garota no Trem, de Paula Hawkins





Rachel não tinha lá uma vida a que se invejar. Estava separada e tinha um problema sério com bebida e tinha ganho bastante peso. Morava com uma amiga, e todos os dias pegava o trem de Ashbury para Londres, onde tinha um emprego.

Seu casamento não sobrevivera a um grave, mas controlado problema e ela passou a tentar esquecer os seus problemas com a bebida. Foi aí que seu marido, Tom, agora ex, pediu o divórcio. Mas duro mesmo foi saber que ele a estava traindo, inclusive foi com a amante que ele veio a se casar novamente. Para completar o quadro ruim, o novo casal continuou morando na mesma casa do período Vitoriano onde Rachel morava com Tom.

E todos os dias ela passava em frente a essa casa, se perguntando como o casal estava. Feliz? Com certeza, porque ela dera a Tom o que Rachel não poderia, nunca.

E também todos os dias o trem parava em um sinal vermelho. Até que ela passou a observar a casa de número 15, onde havia um casal muito feliz e bonito, que ela apelidou de Jess e Janson. A partir desse dia, Rachel passou a imaginar a vida toda de jess e Janson, como uma perfeição, em total contraste com sua própria vida.

Os dias passavam, até que ela testemunha algo novo na casa, o que a deixa chocada e depois de alguns dias fica sabendo de uma notícia que a abalou mais ainda. Jess, que na realidade se chamava Megan, estava desaparecida.

Sentindo-se impelida pelo que viu de dentro do trem, Rachel procura a Polícia, e aí que as coisas tomam um rumo completamente diferente e sua vida vira um inferno maior do que já estava.

A autora, intercala os personagens todos em primeira pessoa, deixando o seu ponto de vista para o leitor. Nesse caso temos a história de Rachel, de Anna, a atual de Tom, e de Megan (Jess).

O leitor pode até achar o livro um pouco chato no início, porque tem muita coisa a explicar, dentro da vida complicada de Rachel, mas depois que Megan (Jess) some, o ritmo do livro muda e aí somos tragados por grandes reviravoltas que acontece até praticamente o fim do livro.

Um livro muito inteligente que apresenta uma personagem com um problema social grave, que é a bebida e que em muitos momentos ela mesma tem dúvidas de sua própria sanidade e de sua percepção, mas que ainda assim não desiste de saber a verdade.

Para quem gosta de livros com um suspense inteligente, recomendo.

Ah, e ainda tem o filme, que não vi ainda, mas pretendo ver em breve.


Antonio Henrique Fernandes
Resenhista em parceria.


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