Resenha do Livro Os
filhos da Tempestade – Rodrigo de Oliveira
Carol Smith foi julgada e condenada como bruxa na cidade
Salem, não muito tempo depois da famosa caçada às bruxas que resultou em muitas
mortes, tornando o lugar bastante famoso. Receoso de ter outra histeria na
cidade, o Juiz Samuel Seawall, contrariando a pena capital para esse tipo de
julgamento, sentencia Carol a ser levada até ao Vaticano, local mais apropriado
para julgar casos dessa natureza. Infelizmente o navio que a conduzia até a Europa
é vítima de uma tempestade brutal e sobrenatural, não restando ninguém vivo. O
local onde aconteceu o naufrágio misterioso mais tarde ficou conhecido como o
Triângulo das Bermudas.
Séculos depois uma outra viagem está para ser realizada.
Tiago e seus amigos Murilo e Manoel, bem como a garota que ele gosta, Cíntia,
embarca em um avião com destino aos Estados Unidos. Eles fazem parte de um
grupo de adolescentes que participariam de um concurso para músicos de
orquestra. Tudo ia normal até que o avião, um Conair CV-990, ou apenas
“Coronado” passa justamente pelo sinistro Triângulo das Bermudas. O que se
passa a partir daí é muito rápido e mortal.
Após a queda do avião, os poucos sobreviventes são sugados
por um redemoinho que os leva para próximo de uma ilha. Nessa ilha, Tiago e
seus amigos sobreviventes passarão por muitas aventuras, até descobrirem que
talvez não possam sair dali. E podem encontrar coisas piores que a morte.
Rodrigo de Oliveira, autor das “Crônicas dos Mortos” nos
delicia com uma trama que envolve ao mesmo tempo o fantástico, o terror, ficção
científica e aventura. Exatamente o que eu gosto de ler. Mesmo assim procurei
ler sem esperar muita coisa, até porque não tinha lido ainda nenhum livro do
autor. E fui lentamente sendo tragado pela leitura tal qual o redemoinho o fez
com os personagens. Nesse momento da transição para a ilha lembrei muito de uma
série que eu assistia quando criança, Viagem Fantástica, onde um grupo em um
barco atravessa uma névoa que os transporta para outro lugar, outro tempo,
talvez outra dimensão. E não fosse o suficiente, ainda há o elemento de terror
que em momento algum é esquecido e está sempre rodeando, nos mostrando que a
aventura na ilha é qualquer coisa, menos aventura, onde o mal se apresenta em
toda a sua essência.
Eu li o livro, melhor dizendo, eu devorei o livro em pouco
mais de um dia (afinal eu tinha que trabalhar e dormir) e não me arrependo. O
livro é muito bem escrito, personagens bem construídos, a trama totalmente
amarrada e no final você, leitor, tende a ficar angustiado.
Quando Melina foi apresentada na história e assim caminhamos
para o final surpreendente eu lembrei de outro filme, também das antigas (me
julguem), chamado Horizonte Perdido, baseado em outra obra literária, homônima,
escrita por James Hilton.
Leiam...
Antonio Henrique Fernandes
Resenhista em parceria com o www.arcaliteraria.com.br
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