sábado, 2 de agosto de 2014

Fuga para as Estrelas

FUGA PARA AS ESTRELAS

Por Antonio Henrique Fernandes.


Paulo Sérgio e Helena estavam em uma festa em um local afastado da cidade. Ele havia ido com amigos e lá pelas tantas esses amigos acabaram deixando Paulo para trás. E ele não conhecia ninguém ali. Primeira vez no local.
Era um galpão enorme, com um palco na frente onde uma banda tocava de tudo, principalmente música sertaneja. De ambos os lados do galpão havia locais para comprar bebidas e no fundo ficavam os banheiros, masculino e feminino. Nas laterais também ficavam algumas mesas com cadeiras, para quem não estivesse dançando.
Em um dos cantos, mesmo com aquela multidão, ele observou uma moça bonita, que parecia bem deslocada e como ele estava sozinho foi até ela.
- Oi. Meu nome é Paulo Sérgio. Podemos conversar? Ele perguntou.
- Oi. Sim. Disse a moça meio envergonhada. Meu nome é Helena. Muito prazer.
Engrenaram uma conversa e logo ficaram animados... Tal como Paulo, Helena também foi “abandonada” pelas amigas que foram procurar algumas aventuras.
Contaram casos em que foram “vítimas” dos seus amigos e logo estavam quase íntimos. Nenhum dos dois tinha como sair da festa. Estavam presos, aguardando seus amigos voltarem para buscá-los. Agora já não tinham tanta pressa assim, afinal, tinham a companhia um do outro.
Paulo Sérgio tinha 20 anos e era estudante universitário. Fazia Agronomia e gostava de fazendas e animais, principalmente cavalos. Sonhava um dia ser um grande fazendeiro com muitos animais. Era o caçula da família.
Era alto, 1,80 m de altura, cabelos curtos e pretos, olhos castanhos bem penetrantes. Não era magro, mas também não era musculoso e tinha um sorriso muito cativante. Apesar de ser um pouco tímido era bem divertido.
Já Helena tinha 19 anos e era estudante de enfermagem, profissão de sua mãe e isso era um sonho dela, fazer a mesma profissão que a mãe. Gostava de ajudar as pessoas.
Helena não era baixa, tinha mais 1,70 m de altura, e tinha o corpo esguio. Cabelos longos cacheados, cor de mel, seus olhos eram de um castanho bem claro e com uma vivacidade que dava impressão de nunca estar triste.
- Então você gosta de cavalos? Perguntou Helena.
- Sim, desde pequeno. Eu brincava com um cavalo de pau, um daqueles cabos com a cabeça de cavalo e ficava fingindo que estava cavalgando.
- E não quis ser veterinário ao invés de agrônomo?
- Não, porque eu gosto muito de cavalo, mas sonho mesmo é cuidar de uma fazenda, de preferência com muitos cavalos. Riu Paulo, ao responder para Helena.
- Ah. Eu sempre quis ser enfermeira.
- E por que não médica? Foi a vez de Paulo perguntar, curioso.
- Bem, é que minha mãe foi enfermeira, então eu me identifico muito com essa profissão, fora que adoro ajudar as pessoas. Acredito que os enfermeiros fiquem mais em contato com o paciente do que um médico.
- Legal. Legal mesmo. Mas você disse que sua mãe foi enfermeira... Não é mais?
- Bem, minha mãe faleceu há dois anos, de câncer. No colo do útero. Quando descobriu tentou de tudo, mas não foi suficiente. Foi uma guerreira.
- Puxa vida. Sinto muito por sua mãe.
- Tudo bem.
A festa estava “bombando”, como dizem os jovens de hoje, e Paulo e Helena até arriscaram alguns passos de dança na pista. Descobriram que tinham ritmo juntos.
Depois de dançarem muito, foram para uma mesa tomar uma cerveja gelada. Começaram a ficar um pouco preocupados porque os amigos ainda não tinham aparecido. E já estava ficando bem tarde... Eram quase quatro horas da manhã. E eles dependiam dos amigos para retornar para suas casas.
Enquanto esperavam, o casal resolveu dar uma volta pelas proximidades do galpão. A noite estava linda, com o céu limpo e estrelado. Não tinha lua, mas com tanta estrela nem precisava. E ainda assim exalava romance.
Em determinado momento, enquanto andavam juntos, Paulo percebeu algo se movendo um pouco distante, talvez uns 20 metros. Parecia um animal. Mas com toda aquela aglomeração e carros estacionados, era difícil que fosse um animal selvagem. Poderia ser um cachorro. Ficou grilado com aquilo, porque o que quer que fosse se movia, mas não se aproximava.
Helena foi mais cautelosa e disse a Paulo que provavelmente era um cachorro, mas como tinha uma mata fechada a uns cem metros atrás do galpão, poderia ser qualquer animal... Até um macaco curioso.
- Não me parecia um macaco. O vulto andava nas quatro patas.
Paulo resolveu seguir o vulto, apesar de todos os protestos de Helena. Afinal, era bem possível que seus amigos logo chegassem e deveriam estar a postos quando fossem localizados. Já era tarde e queria ir para casa.
- Tudo bem, mas é que sou curioso mesmo. Vou dar uma olhada e volto logo. Dito isso, Paulo foi até onde estava o vulto, mas o animal, seja qual for, entrou na mata, e Paulo o seguiu. Como estava muito escuro, Paulo pegou o celular e ligou as luzes que iluminaram fracamente o caminho, e seguiu em frente, à caça do vulto. Queria descobrir o que era.
Helena ficou atrás, esperando Paulo retornar. O problema era que ele já estava demorando e Helena começou a ficar ansiosa.
Foi quando ouviu um grito.
Assustada ela percebeu que era Paulo quem tinha gritado. Imediatamente correu até onde ele tinha entrado na mata e tentou seguir o mesmo caminho, chamando por Paulo. Mas ele não respondia. Do mesmo jeito que ele, Helena ligou o seu celular e o usou como lanterna. Andou uns trinta metros mata adentro e de repente o chão sumiu. Estava caindo.


Continua...

16 comentários:

  1. Caindo para ondeeee!? *sacode o autor*
    Oi, Antonio! Gostei do clima entre o Paulo e a Helena… Sabe aquele tipo de pessoa que você passa a gostar de ter ao seu lado, mesmo que a desconhecesse? É raro esse tipo de sentimento. Eu vivi isso com meu marido quando conversamos pela primeira vez. Foi mágico (rs). Eu soube que o queria para a vida inteira, mas sempre fui medrosa com relacionamentos. Tive sorte de que ele teve a mesma convicção, mas – ao contrário de mim – não sentia medo nenhum (haha).
    Paulo e Helena me parecem muito legais juntos. Gostei do casal <333 Mas o Paulo não deveria ter se oposto aos protestos da Helena. Curioso do jeito que é, pode ter pagado um alto preço! /o/ Espero que os dois não morram, hein!? (rs)
    Beijos =*

    http://www.myqueenside.blogspot.com

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    1. Oi Francine,
      acompanhe que vai entender para onde caíram. e o casal realmente se entendeu. E sorte que seu marido não teve medo nenhum né hehehehe. hoje, quarta, eu posto a continuação.
      bjs

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  2. Como assim acabou??? O que acontece agora? Qdo postará de novo??
    Bom, essas perguntas demonstram que eu quero mais, preciso saber o que aconteceu com Paulo (já fiz muitas teorias na minha cabeça) e o que acontecerá com Helena.
    Parabéns pelo texto.
    Beijos
    aculpaedosleitores.blogspot.com.br

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    1. Oi Bia,
      obrigado pelo elogio... hoje eu posto continuação.
      bjs

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  3. Ai Jesus, e depois?Cairm onde?Quem ou o que era o bicho gente? Eu quero maaaais Antonio,fiquei curiosíssima agora, hahahaha.
    Cara, você poderia escrever um livro com essa ideia, ficou muito boa essa introdução, eu leria.
    Parabéns,mandou bem.

    bjs

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    1. Obrigado Simeia, já me falaram isso, desenvolver um livro e estou amadurecendo a ideia. o bicho volta... mais pra frente kkk...continue acompanhando.
      bjs

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  4. Oi Antonio, tudo bem?
    Adoro suas escritas, tô virando sua fã rs. Agora fiquei curiosa para saber o que diabos essa mata esconde t.t será que os amigos de Paulo e Helena também se meteram nessa roubada? Será que o animal era um cavalo? Será que eles realmente são o que aparentam ser? hehe, só saberei no próximo capítulo!


    Mil beijos e uma maravilhosa semana,
    Cássia :*
    Blog Procurei em Sonhos

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    1. Oi Cássia, continue acompanhando que verá o que acontece com o Paulo Sérgio e com a Helena. Eles nunca imaginariam o que iriam encontrar.
      bjs

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  5. Que maldade Antônio! Só digo que minha personalidade bateu no meio termo com a dos personagens e eu gostei da identificação. Agora vou sofrer enquanto espero... Bom texto!

    Dany
    A Thousand Lifetimes

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    1. Dany, vou lhe aliviar do sofrimento, pq os outros capítulos já foram publicados. se quiser ler eles todos, clique em CONTOS DE NAVEGANTES e terá todos eles disponíveis.
      obrigado.
      bjs

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  6. :O
    E o que aconteceu? O que era o animal?
    Vi que publicou já a continuação e vou dar uma conferida no "continua", palavrinha que mata qualquer um de ansiedade, uhauhaua
    Adorei a história
    Beijo

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    1. Neyara,
      continue acompanhando que saberá quem é o animal hehehe. que bom que gostou.
      bjs

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  7. Como assim continua???
    Antonio, vai me deixar na curiosidade? Vc é tão ruimmmmmmmm! Hhahahah
    E agora? Preciso saber o que aconteceu com o Paulo, ele gritou pq caiu também? E a Helena? Será que eles vão se perder? Será que era um animal mesmo? Tenso!
    Quando tiver a continuação me avisa querido!
    Beijos

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    1. Paula,
      são contos em capítulos hehehehehe, faz parte do programa. os capítulos estão postados. agora é só acompanhar.
      bjs

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  8. Olá Antonio, tudo bem?

    Estou achando isso tudo tão lindo. Espero que logo chegue ao fim. Eu não gosto das coisas aos picados :/

    Beijos

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    1. Olá Pamela... os capítulos já foram todos postados. só acompanhar tudo de uma vez nos CONTOS DE NAVEGANTES... os capitulos estão todos lá.
      bjs

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