FUGA
PARA AS ESTRELAS
Por Antonio Henrique
Fernandes.
Paulo Sérgio e Helena estavam
em uma festa em um local afastado da cidade. Ele havia ido com amigos e lá
pelas tantas esses amigos acabaram deixando Paulo para trás. E ele não conhecia
ninguém ali. Primeira vez no local.
Era um galpão enorme,
com um palco na frente onde uma banda tocava de tudo, principalmente música
sertaneja. De ambos os lados do galpão havia locais para comprar bebidas e no
fundo ficavam os banheiros, masculino e feminino. Nas laterais também ficavam
algumas mesas com cadeiras, para quem não estivesse dançando.
Em um dos cantos, mesmo
com aquela multidão, ele observou uma moça bonita, que parecia bem deslocada e
como ele estava sozinho foi até ela.
- Oi. Meu nome é Paulo Sérgio.
Podemos conversar? Ele perguntou.
- Oi. Sim. Disse a moça
meio envergonhada. Meu nome é Helena. Muito prazer.
Engrenaram uma conversa
e logo ficaram animados... Tal como Paulo, Helena também foi “abandonada” pelas
amigas que foram procurar algumas aventuras.
Contaram casos em que
foram “vítimas” dos seus amigos e logo estavam quase íntimos. Nenhum dos dois
tinha como sair da festa. Estavam presos, aguardando seus amigos voltarem para
buscá-los. Agora já não tinham tanta pressa assim, afinal, tinham a companhia
um do outro.
Paulo Sérgio tinha 20 anos e
era estudante universitário. Fazia Agronomia e gostava de fazendas e animais,
principalmente cavalos. Sonhava um dia ser um grande fazendeiro com muitos
animais. Era o caçula da família.
Era alto, 1,80 m de
altura, cabelos curtos e pretos, olhos castanhos bem penetrantes. Não era
magro, mas também não era musculoso e tinha um sorriso muito cativante. Apesar
de ser um pouco tímido era bem divertido.
Já Helena tinha 19 anos
e era estudante de enfermagem, profissão de sua mãe e isso era um sonho dela,
fazer a mesma profissão que a mãe. Gostava de ajudar as pessoas.
Helena não era baixa,
tinha mais 1,70 m de altura, e tinha o corpo esguio. Cabelos longos cacheados,
cor de mel, seus olhos eram de um castanho bem claro e com uma vivacidade que
dava impressão de nunca estar triste.
- Então você gosta de
cavalos? Perguntou Helena.
- Sim, desde pequeno.
Eu brincava com um cavalo de pau, um daqueles cabos com a cabeça de cavalo e
ficava fingindo que estava cavalgando.
- E não quis ser
veterinário ao invés de agrônomo?
- Não, porque eu gosto
muito de cavalo, mas sonho mesmo é cuidar de uma fazenda, de preferência com
muitos cavalos. Riu Paulo, ao responder para Helena.
- Ah. Eu sempre quis
ser enfermeira.
- E por que não médica?
Foi a vez de Paulo perguntar, curioso.
- Bem, é que minha mãe
foi enfermeira, então eu me identifico muito com essa profissão, fora que adoro
ajudar as pessoas. Acredito que os enfermeiros fiquem mais em contato com o
paciente do que um médico.
- Legal. Legal mesmo.
Mas você disse que sua mãe foi enfermeira... Não é mais?
- Bem, minha mãe
faleceu há dois anos, de câncer. No colo do útero. Quando descobriu
tentou de tudo, mas não foi suficiente. Foi uma guerreira.
- Puxa vida. Sinto
muito por sua mãe.
- Tudo bem.
A festa estava
“bombando”, como dizem os jovens de hoje, e Paulo e Helena até arriscaram
alguns passos de dança na pista. Descobriram que tinham ritmo juntos.
Depois de dançarem
muito, foram para uma mesa tomar uma cerveja gelada. Começaram a ficar um pouco
preocupados porque os amigos ainda não tinham aparecido. E já estava ficando
bem tarde... Eram quase quatro horas da manhã. E eles dependiam dos amigos para
retornar para suas casas.
Enquanto esperavam, o
casal resolveu dar uma volta pelas proximidades do galpão. A noite estava
linda, com o céu limpo e estrelado. Não tinha lua, mas com tanta estrela nem
precisava. E ainda assim exalava romance.
Em determinado momento,
enquanto andavam juntos, Paulo percebeu algo se movendo um pouco distante,
talvez uns 20 metros. Parecia um animal. Mas com toda aquela aglomeração e
carros estacionados, era difícil que fosse um animal selvagem. Poderia ser um
cachorro. Ficou grilado com aquilo, porque o que quer que fosse se movia, mas
não se aproximava.
Helena foi mais
cautelosa e disse a Paulo que provavelmente era um cachorro, mas como tinha uma
mata fechada a uns cem metros atrás do galpão, poderia ser qualquer animal...
Até um macaco curioso.
- Não me parecia um
macaco. O vulto andava nas quatro patas.
Paulo resolveu seguir o
vulto, apesar de todos os protestos de Helena. Afinal, era bem possível que
seus amigos logo chegassem e deveriam estar a postos quando fossem localizados.
Já era tarde e queria ir para casa.
- Tudo bem, mas é que
sou curioso mesmo. Vou dar uma olhada e volto logo. Dito isso, Paulo foi até
onde estava o vulto, mas o animal, seja qual for, entrou na mata, e Paulo o
seguiu. Como estava muito escuro, Paulo pegou o celular e ligou as luzes que
iluminaram fracamente o caminho, e seguiu em frente, à caça do vulto. Queria
descobrir o que era.
Helena ficou atrás,
esperando Paulo retornar. O problema era que ele já estava demorando e Helena
começou a ficar ansiosa.
Foi quando ouviu um
grito.
Assustada ela percebeu
que era Paulo quem tinha gritado. Imediatamente correu até onde ele tinha
entrado na mata e tentou seguir o mesmo caminho, chamando por Paulo. Mas ele
não respondia. Do mesmo jeito que ele, Helena ligou o seu celular e o usou como
lanterna. Andou uns trinta metros mata adentro e de repente o chão sumiu. Estava caindo.
Continua...
Caindo para ondeeee!? *sacode o autor*
ResponderExcluirOi, Antonio! Gostei do clima entre o Paulo e a Helena… Sabe aquele tipo de pessoa que você passa a gostar de ter ao seu lado, mesmo que a desconhecesse? É raro esse tipo de sentimento. Eu vivi isso com meu marido quando conversamos pela primeira vez. Foi mágico (rs). Eu soube que o queria para a vida inteira, mas sempre fui medrosa com relacionamentos. Tive sorte de que ele teve a mesma convicção, mas – ao contrário de mim – não sentia medo nenhum (haha).
Paulo e Helena me parecem muito legais juntos. Gostei do casal <333 Mas o Paulo não deveria ter se oposto aos protestos da Helena. Curioso do jeito que é, pode ter pagado um alto preço! /o/ Espero que os dois não morram, hein!? (rs)
Beijos =*
http://www.myqueenside.blogspot.com
Oi Francine,
Excluiracompanhe que vai entender para onde caíram. e o casal realmente se entendeu. E sorte que seu marido não teve medo nenhum né hehehehe. hoje, quarta, eu posto a continuação.
bjs
Como assim acabou??? O que acontece agora? Qdo postará de novo??
ResponderExcluirBom, essas perguntas demonstram que eu quero mais, preciso saber o que aconteceu com Paulo (já fiz muitas teorias na minha cabeça) e o que acontecerá com Helena.
Parabéns pelo texto.
Beijos
aculpaedosleitores.blogspot.com.br
Oi Bia,
Excluirobrigado pelo elogio... hoje eu posto continuação.
bjs
Ai Jesus, e depois?Cairm onde?Quem ou o que era o bicho gente? Eu quero maaaais Antonio,fiquei curiosíssima agora, hahahaha.
ResponderExcluirCara, você poderia escrever um livro com essa ideia, ficou muito boa essa introdução, eu leria.
Parabéns,mandou bem.
bjs
Obrigado Simeia, já me falaram isso, desenvolver um livro e estou amadurecendo a ideia. o bicho volta... mais pra frente kkk...continue acompanhando.
Excluirbjs
Oi Antonio, tudo bem?
ResponderExcluirAdoro suas escritas, tô virando sua fã rs. Agora fiquei curiosa para saber o que diabos essa mata esconde t.t será que os amigos de Paulo e Helena também se meteram nessa roubada? Será que o animal era um cavalo? Será que eles realmente são o que aparentam ser? hehe, só saberei no próximo capítulo!
Mil beijos e uma maravilhosa semana,
Cássia :*
Blog Procurei em Sonhos
Oi Cássia, continue acompanhando que verá o que acontece com o Paulo Sérgio e com a Helena. Eles nunca imaginariam o que iriam encontrar.
Excluirbjs
Que maldade Antônio! Só digo que minha personalidade bateu no meio termo com a dos personagens e eu gostei da identificação. Agora vou sofrer enquanto espero... Bom texto!
ResponderExcluirDany
A Thousand Lifetimes
Dany, vou lhe aliviar do sofrimento, pq os outros capítulos já foram publicados. se quiser ler eles todos, clique em CONTOS DE NAVEGANTES e terá todos eles disponíveis.
Excluirobrigado.
bjs
:O
ResponderExcluirE o que aconteceu? O que era o animal?
Vi que publicou já a continuação e vou dar uma conferida no "continua", palavrinha que mata qualquer um de ansiedade, uhauhaua
Adorei a história
Beijo
Neyara,
Excluircontinue acompanhando que saberá quem é o animal hehehe. que bom que gostou.
bjs
Como assim continua???
ResponderExcluirAntonio, vai me deixar na curiosidade? Vc é tão ruimmmmmmmm! Hhahahah
E agora? Preciso saber o que aconteceu com o Paulo, ele gritou pq caiu também? E a Helena? Será que eles vão se perder? Será que era um animal mesmo? Tenso!
Quando tiver a continuação me avisa querido!
Beijos
Paula,
Excluirsão contos em capítulos hehehehehe, faz parte do programa. os capítulos estão postados. agora é só acompanhar.
bjs
Olá Antonio, tudo bem?
ResponderExcluirEstou achando isso tudo tão lindo. Espero que logo chegue ao fim. Eu não gosto das coisas aos picados :/
Beijos
Olá Pamela... os capítulos já foram todos postados. só acompanhar tudo de uma vez nos CONTOS DE NAVEGANTES... os capitulos estão todos lá.
Excluirbjs