sábado, 23 de agosto de 2014

Fuga para as Estrelas

4º capítulo

Na frente de Paulo Sérgio e Helena havia uma enorme nave. Não tiveram dúvidas do que se tratava, afinal, não se parecia em nada com qualquer equipamento ou avião, navio que já poderiam ter visto. Era grande. Muito grande. E mesmo assim não tinha condições de dimensionar a nave, pois boa parte dela estava submersa, como se fosse um submarino aportado. Naquela parte o rio se abria e ganhava uma largura que quase não abarcava o aparelho.
A nave deveria ter o tamanho de um campo de futebol e tinha dois propulsores, um de cada lado. Aparentemente estavam desligados. A parte da frente, ou pelo menos o que aparentava ser a frente tinha uma grande tela ou janela. Apesar de todos aqueles filmes e fotos, esta nave não parecia com nada apresentado anteriormente. Não era um disco voador. Parecia com aquelas lanchas de corrida, em tamanho gigantesco. E não tinha tantas janelas assim ao redor.
Não havia como evitar. A coisa era imponente.
- P-Paulo, diga para mim que não estou vendo o que estou vendo. Perguntou gaguejando Helena.
- Nunca vi uma coisa dessas. É enorme. Puta que pariu. Praguejou Paulo Sérgio.
Passada a surpresa inicial, ambos perceberam duas coisas ao mesmo tempo. Primeiro: havia uma abertura na caverna. Haviam encontrado uma saída. Segundo: toda aquela luz que viram o tempo todo provinha da nave. Ela era toda iluminada e parecia estar funcionando muito bem.
E tinham um problema. A abertura era alta. E observando rapidamente viram que não tinha como subir, a não ser que possuíssem algum equipamento de alpinismo.
- Veja Helena! Temos uma saída, mas não temos como chegar nela.
- E essa coisa aí? Será que funciona? Tem muita luz acesa. Há quanto tempo estará aqui?
- Helena, não faço a mínima ideia. Mas acredito que esteja em funcionamento, senão as luzes não estariam ligadas e você percebeu que são muitas.
Nesse momento eles se olharam e disseram quase ao mesmo tempo: “E será que tem alguém dentro”?
Com tremenda cautela os dois jovens passaram a olhar o máximo que podia por fora da nave e com o que podiam ver para dentro. E se houvesse alienígenas? Só o simples pensamento de dar de cara com um ser de outro planeta fez o coração de Paulo bater mais rápido do que quando montava em um cavalo xucro.
Aparentemente não havia ninguém. Parecia que a nave estava abandonada.
- Paulo... Como será que se parecem?
- Bom. Esperamos primeiramente que não tenha ninguém e em não tendo ninguém é difícil saber qual a aparência deles.
Paulo Sérgio não acreditava nisso. Acharam a origem das luzes. E se estava tudo funcionando era praticamente certo que poderiam topar com alienígenas, ou o que quer que fosse.
A aparência deles seria a menor das preocupações. “e se fossem hostis”? Perguntou-se.
Ao menos naquele momento, aparentemente, estavam sozinhos. E continuavam maravilhados pelo aspecto da nave.
Foi quando Paulo viu que havia um tipo de prancha ligando a nave à margem do rio subterrâneo. Nesse momento a sua curiosidade falou muito alto.
Não havia visto ninguém por perto. Decerto estavam sozinhos naquela câmera subterrânea.
- Paulo, não me diga que está com vontade de entrar nessa coisa? Perguntou Helena quando viu que Paulo Sérgio estava se dirigindo à prancha, com o intuito de entrar na nave.
- Ora, não estamos vendo ninguém. Você não tem curiosidade de saber como é uma nave espacial por dentro? Vamos, não tenha medo.
Helena ponderou a colocação de Paulo Sérgio e, por fim, acabou aceitando o desafio de entrar em uma nave espacial.
- Ok, mas ao menor sinal de movimento vamos embora daqui.
- Certo. Certo. Certo. Agora, madame, por favor, queira me dar a sua mão. E assim Paulo Segurou a mão de Helena para apoiá-la a subir na prancha. Desta forma ambos subiram na espécie de prancha e adentraram na nave espacial.
Por dentro era mais incrível ainda do que do lado de fora. Vários compartimentos, luzes de cores que nem Paulo nem Helena nunca viram e o mais incrível de tudo, silêncio.
Realmente era surreal, ver uma nave espacial e, pior, que ela estivesse funcionando. Adentraram mais e mais e a cada compartimento que entravam constavam que estava vazio e em vários deles encontraram objetos e pertences dos tripulantes, principalmente roupas. Era como se eles tivessem saído muito rápido e deixado o lugar funcionando. Sabe quando você sai do carro para comprar algo rápido e o deixa funcionando? Era assim que Paulo estava se sentindo e era uma sensação muito estranha. Dava a impressão de que os donos pudessem voltar a qualquer momento. Ao longo das paredes viam muitos painéis e uma escrita que evidentemente não conseguiam identificar.
- O que será que aconteceu? Onde estão os alienígenas? Perguntou Helena a Paulo Sérgio, que por não saber a resposta permaneceu quieto.
- Isso parece um sonho. Acho que morremos na queda e estamos vivenciando algo pós-morte. É inacreditável! Suspirou Paulo Sérgio.
Após alguns minutos, encontraram um elevador com a porta aberta, entraram e automaticamente a porta se fechou. Isso assustou Paulo Sérgio e Helena. Ficaram mais assustados ainda quando o elevador começou a se mexer. Tão rápido quanto começou a se mexer, o elevador parou e as portas se abriram na velocidade de um abrir e fechar os olhos. O que Paulo Sérgio e Helena viram era fantástico.
Uma tela enorme à frente, com vários computadores, ou algo que pareciam computadores estavam funcionando e emitindo alguns sons bem baixos, e ao longo dos painéis viram inscrições. Em um dos painéis viram uma tela de LCD com a imagem em alta resolução do local onde estavam. Em outro a imagem era do próprio planeta.
- Veja Helena. Eles têm imagens da Terra. O que será que estavam, ou estão fazendo aqui?
- Será que estavam espionando? Ou vigiando? Não dá pra saber.
Nesse momento, começaram a ouvir um barulho, como se fosse uma sirene de alerta. E ao mesmo tempo olharam para o teto onde uma luz estava brilhando e piscando o tempo todo.


Continua...

12 comentários:

  1. Oi meu querido..mil perdoes por nao ter lido o capitulo 1 e 3 pois nao consigo acompanhar a historia direito,mais este final de semana colocarei em dia e poderei comentar mais sobre o que achei...e ja to gostando da historia mesmo lendo aos poucos e por pedaços rsrrsss
    bjs querido

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    1. Zilandra, não tem problema, pode acompanhar quando puder, ainda mais que está gostando. e acho que vai gostar mais ainda. tem surpresas.
      bjs

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  2. Oi Antônio, ainda nem li os primeiros capítulos, perdões rs. Não tinha visto ainda, mas vou procurar acompanhar, beijos :)
    Um problema também é que tenho dificuldade em ler pela internet, acho que esse será um pouco mais fácil, pois você está postando por capítulos.
    http://leit0res.blogspot.com.br/

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    1. Oi Bia, procure o primeiro capítulo, na parte de CONTOS DE NAVEGANTES e achará o conto completo...
      bjs

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  3. Oi, Antino! Vejo que esta aprontando e muito com essa história.
    Vamos ver o que acontece agora. Será que eles vão para outro planeta? rs

    Beijos

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    1. Oi Fernanda...
      os indícios levam a crer que sim... acompanhe que tem mais dois capítulos. o 5 e um especial.
      bjs

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  4. Ola Antonio perdi o três preciso ler gente como assim uma nave , ai jesuis não sou fã de ETS rssss. acompanhando a trama e muito curiosa com relação aos donos da nave. abraços

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    1. Oi,
      era o jeito né... como ir para as estrelas se nao for em uma nave espacial? hehehehe... há um capítulo especial que explica essa situaçao.
      bjs

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  5. Antonio,
    Tá ficando legal, hein? Gosto de tramas com ET's e viagens interplanetárias! Conseguiu me deixar curioso sobre os donos da nave e como tudo vai se desenrolar!

    Abraço
    Adriano
    GeraçãoLeitura.com || http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/

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    1. Adriano, mais para a frente tem várias explicações. leia o 5º capítulo e o especial.
      um abraço.

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  6. Ai que tenso esse fim! ahahhaha Eu sempre me pegando as continuações, não imaginava que era uma nave que eles viram, pensei um monte de coisas, não acertei nada até agora! Continue me surpreendendo Antonio!
    Beijos

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