Olá meus Caros navegantes, mais um conto chega ao seu fim, fico imensamente agradecido àqueles que acompanharam e gostaram da estória. E que venha o próximo.
abraços,
Antonio Henrique Fernandes Neto
Autor e Capitão deste Navio Errante.
7º Capítulo
Não tardou e Rollan e seu
enorme exército pararam nas vizinhanças da Casa do Tordo, lar de Saperas e
Silliê. Muitas máquinas de guerra estavam posicionadas ao redor do reino e
Rollan mandou um emissário pedindo a rendição incondicional de Saperas.
- Diga a seu mestre e príncipe
que não aceitarei tal medida. Não sou covarde e nada foi feito para que esse
mal seja cometido. Disse Saperas ao Emissário, que se curvou perante o
príncipe, diante de sua honradez e seguiu para levar a sua mensagem ao seu
príncipe.
Rollan já sabia dessa resposta,
afinal conhecia Saperas desde que eram dois moleques que mal conseguiam segurar
uma espada.
Sabia que ele nunca se
renderia. Do mesmo jeito que Rollan, ele tinha sua honra como príncipe herdeiro
da Casa do Tordo. E sabia também que ele não fugiria. Não era um covarde.
Ao final daquele dia, Rollan e
seus generais se reuniram para discutir qual seria a melhor maneira de atacar o
reino.
Como todo general e militar,
seus conselheiros pregavam a paz, mas intimamente queriam a guerra e esse foi o
conselho que deram a Rollan: cercasse o reino e fizesse o ataque
simultaneamente. A ordem seria dada via rádio. Primeiro o ataque aéreo com as
naves de apoio. Depois as máquinas terrestres e por fim o ataque de chão com a
artilharia e infantaria... Esses últimos seriam liderados pelo próprio Rollan
que montaria o seu cavalo branco.
Tudo acertado. O ataque
iniciaria às 05 horas da manhã, nos primeiro raios de sol, assim pegaria os
soldados dormindo e muito provavelmente não ofereceriam resistência. E quanto
mais rápido conseguissem sucesso no ataque, mais rápido Rollan teria o que
pretendia. E com o mínimo de danos... Se possível.
Mas Saperas não era bobo. É
claro que e seus generais haviam previsto isso. E junto com os cientistas
esperaram.
Ao amanhecer do dia os soldados
de Rollan aguardavam apenas as ordens que veio logo aos primeiros raios da
estrela vermelha que iluminava aquele planeta cheio de vida e que nunca em toda
a sua rica História havia isto uma guerra.
Primeiro partiram as naves, que
cobriram todo o reino e com seus alvos pré-estabelecidos para ter o mínimo de
danos e vítimas. Atacaram...
Nada aconteceu. Simplesmente as
bombas não caiam no chão. Explodiam no céu. Sem saber o que fazer eles
retornaram e narraram o acontecido ao seu general que reportou ao príncipe
Rollan. Imediatamente ordenou o ataque por terra. As máquinas haveriam de
alcançar o seu objetivo.
Quando as máquinas de guerra alcançaram
certa distância também dispararam os seus projéteis. Assim como as naves, esses
projéteis nada fizeram. Explodiram bem antes de atingir o seu alvo. E quando se
moveram para entrar na cidade foram barrados por alguma coisa que não sabiam o
que era. Simplesmente as máquinas não se moviam para frente. Não conseguiam
entrar na cidade.
Além do que, de repente todas
as máquinas pararam de funcionar. Nem as naves conseguiram se movimentar
novamente para voar.
Rollan desconfiou de alguma
coisa que Saperas tivesse inventado. Foi até a entrada da cidade e confirmou in
loco que nada ultrapassava aquela Linha. Havia um escudo invisível que impedia
qualquer um de entrar.
Foi quando percebeu que no meio
da cidade havia algo diferente. Algo que não havia visto antes e que só agora
percebera: uma torre muito alta.
- Filho da mãe. Vociferou
Rollan, dando um riso torto.
Naquele momento, a poucos
metros dali Rollan percebeu Saperas. Ele veio pessoalmente falar com seu amigo.
Rollan desceu de seu cavalo
branco e foi até onde estava Saperas.
- Olá meu amigo. Disse sorrindo
Saperas. Vejo que está em seu melhor dia.
- Não seria exatamente o meu
melhor dia. Afinal, até agora só você ganhou. Meu exército ainda não conseguiu
nem adentrar na cidade.
- E não irá... Até você desistir
dessa ideia maluca de dominação. Além do escudo invisível, deve ter percebido
que suas máquinas não funcionam, não é mesmo? Lançamos um pulso eletromagnético
e inutilizamos todo o seu equipamento.
- Entendo. Você foi muito
esperto Saperas.
Silliê que estava próxima de
ambos chegou mais perto, para ser vista por Rollan.
- Ora, ora, o casal está junto.
E começou a bater palmas, ironicamente.
- Rollan, eu vim pedir que
acabe com isso. Não há necessidade de guerra, de destruição.
- E o que tem a oferecer a mim?
Nada. Por que motivo eu pararia? Disse olhando para o casal à sua frente.
- Você vai parar, porque é o
certo e porque não conseguiria nada aqui meu amigo. E queremos que volte a ser
um membro da família.
- Há. Essa é boa. Riu de forma
sarcástica para Saperas e Silliê.
- Queremos que seja o padrinho
de nosso filho.
Desta vez Rollan foi pego
completamente de surpresa. Ficou sem ação e só então percebeu que a barriga de
Silliê estava mais saliente que o normal.
Em completo choque, se apoio em
seu cavalo branco e começou a chorar.
Percebeu então que havia
cometido um erro terrível. Começara uma guerra por vaidade, pura e simples. Foi
por puro egoísmo que queria Silliê. Ao vê-la ali, frágil e com uma gravidez já
avançada percebeu que nunca a teria e se forçasse a mesma a ficar com ele
estaria cometendo um dos mais perigosos pecados que existiam.
Vendo que não haveria mais
perigo, Saperas ordenou que o campo invisível de força fosse desligado.
Confiava em seu amigo. Sabia que ele não o atacaria.
Foi até ele e o abraçou. Eram
novamente amigos, irmãos e agora novamente uma família. Que estava aumentando.
Silliê se aproximou e Rollan a
abraçou, pedindo perdão.
- Posso? Indicou com a mão a
barriga de Silliê.
- Claro que pode. Respondeu sorrindo.
Fazendo um movimento, Rollan
passou a mão pela barriga de Silliê.
- Padrinho? Sério mesmo. Vocês
ainda querem que eu seja o padrinho do menino?
- Sim, queremos, mas quem disse
que será um menino? Respondeu Silliê, candidamente.
- Mas é claro que será um
menino, para eu ensinar tudo o que eu sei, ora. Um padrinho precisa de um
garoto para transformar em um homem.
Agora aquele homem era o Rollan
que ambos conheciam e amavam. Adoravelmente petulante.
Rollan ordenou que seus
generais voltassem ao seu reino e que estava tudo bem... Não haveria mais
guerra.
Intimamente todos suspiraram de
alívio com aquela ordem.
E assim tudo voltou ao normal.
Houve uma tremenda festa para comemorar o armistício.
Alguns meses depois o bebê
nasceu, e para a imensa satisfação de Rollan, era realmente um menino.
Nenhuma vaidade ou guerra pode
ser maior que o amor; a amizade verdadeira sempre vai prevalecer. E assim
permaneceram por todos os anos de suas vidas e de seus descendentes.
Um povo feliz com governantes
felizes.
FIM
Tu escreve muito bem e a cada texto teu eu fico maravilhada com a forme que você escreve, parabéns!
ResponderExcluirObrigado Alessandra, vc é muito gentil. e espero que tenha gostado do texto.
Excluirbjs
Antonio adorei o conto e não vejo dos novos contos, parabéns pela escrita direta e envolvente aos leitores. abraços
ResponderExcluirJoyce
www.livrosencantos.com
Joyce,
ExcluirObrigado, para acompanhar outros contos e este, de forma completa, só clicar em CONTOS DE NAVEGANTES.
bjs
Oi, Antonio!
ResponderExcluirNão acompanhei toda a história, mas gostei desse capítulo! (rs) Quando li "espada" e depois "naves", "ataque aéreo", "pulso eletromagnético"… achei genial! Eu imaginei um cenário de gênero steampunk! (rs)
Beijos!
http://www.myqueenside.blogspot.com
Oi Francine,
Excluirque bom que gostou hehehe. para acompanhar tudo só clicar em CONTOS DE NAVEGANTES e terá à sua disposição dois contos completos.
bjs
Como não li os demais capítulos, fiquei um pouco perdida neste final, rs. Mas já deu para perceber que você tem um bom jeito com as palavras, visto as demais postagens que também já comentei aqui. Desejo sucesso ao seu próximo conto!
ResponderExcluirBeijos.
www.daimaginacaoaescrita.com
Oi Sammysam,
ExcluirObrigado pelo elogio. para acompanhar todo o conto é só clicar em CONTOS DE NAVEGANTES e terá todos os capítulos deste e de outro conto, também completo.
bjs
Li alguns capitulos saltados, mas pelo pouco que li, está excelente :D
ResponderExcluirParabens
Abraços
David Andrade
http://www.olimpicoliterario.com/
Obrigado David, acompanhe a série clicando em CONTOS DE NAVEGANTES.
Excluirum abraço.